Com a presença do presidente da República, Michel Temer, foi anunciada nesta quinta-feira (27), pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Dyogo Oliveira, uma linha de crédito permanente para apoiar investimentos em energias renováveis: energia solar ou eólica.
Batizado de Finame Energia Renovável, o financiamento do banco tem verba inicial de R$ 2 bilhões.
As condições da linha Finame – disponível para condomínios, empresas, cooperativas produtores rurais e pessoas físicas – são as seguintes:
- Financiamento de até 100% do aplicado em equipamentos
- Prazos de pagamento de até 120 meses
- Carência de até dois anos
A linha já está em operação para financiar equipamentos como sistemas de geração de energia solar e energia eólica, além de aquecimento de água via placas solares.
Fundo Clima
Além da linha voltada para empresas, o BNDES também divulgou um reforço de R$ 228 milhões ao Programa Fundo Clima, que permite o acesso inclusive de pessoas físicas. Lançado em junho, ele permite o financiamento de investimentos em sistemas fotovoltaicos. Desde o lançamento, cerca de R$ 80 milhões em financiamentos já foram aprovados.
Conforme informações apresentadas pelo banco, os financiamentos via Fundo Clima devem ser feitos junto a bancos públicos e a taxa de juros fixada é de 4,5% ao ano, com prazo máximo de 12 anos.
“É um ato que anuncia valores e mecanismos sem precedentes no mundo. (…) Nós estamos diante de desafios gigantescos e o Brasil está fazendo a sua parte”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte.
O evento
Além de Temer, Duarte e Oliveira, também estiveram na solenidade o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco; o ministro do Planejamento, Esteves Colnago; o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão e o prefeito do Rio, Marcelo Crivella.
Durante a fala de Colnago na sede do BNDES, no Centro do Rio, houve um momento de constrangimento. Um servidor do banco que estava sentado na primeira fileira se levantou e, se dirigindo à mesa onde estava o presidente Temer, gritou: “Você não têm vergonha na cara, não?”.
Em seguida, o funcionário se retirou e, segundo o presidente do BNDES, recebeu tratamento médico.
Fonte: G1.Globo