Uma fazenda solar na cidade de Medford, em Oregon (EUA), tem sido o lar de diversas abelhinhas. Enquanto se produz mel, gera-se energia. Mas, calma, não estamos falando de nenhum sistema de exploração de insetos, e sim de um interessante projeto que considera que o terreno adquirido para painéis solares – geralmente, bem extenso – pode ser melhor aproveitado.
Para ser considerado um espaço amigável aos polinizadores, determinada área precisa seguir algumas regras. É necessário, por exemplo, que o campo tenha vegetação baixa com flores e gramíneas nativas para enriquecer os solos e também armazenem água da chuva. A operadora de fazendas solares Pine Gate Renewables – que desenvolve o projeto em Oregon -, garante que atende aos critérios. Considerado o maior apiário solar dos Estados Unidos.
O local é um refúgio para 48 colmeias, atualmente. Ressaltando que cada colmeia pode ter em média 80 mil abelhas. Isso ajuda a agricultura local, a polinização da cidade e o próprio fornecimento de alimentos. Afinal, estima-se que a polinização por insetos é responsável por 1/3 da produção mundial de alimentos.
Instalado na fazenda solar Eagle Point, este é o primeiro de quatro locais do Oregon que vão receber o projeto da Pine Gate. “Mas é apenas uma questão de tempo até que os outros lugares comecem a florescer”, afirma a companhia em nota.
Um projeto que combina geração de energia solar e produção de mel. À primeira vista, é estranho pensar em duas tão distintas juntas, mas levar em consideração a biodiversidade local em projetos de energia renovável tem sido o desafio que as empresas devem enfrentar. Veja o caso do projeto solar da Disney.
Imagine o potencial das terras agrícolas onde estão instalados muitas das fazendas. Imagine o quanto os polinizadores perderam seus espaços e finalmente, por direito, poderão retornar aos seus habitats. Por sinal, este não é só um “bem” que se faz aos insetos, mas a toda a comunidade ao redor.
Fonte: Ciclo Vivo